O que é a Cabala?

Quando falamos de Cabala ou Kabbalah ou Qabalah o sentimento de curiosidade é imediato como as lendas que foram passadas de avós para os netos com aquele véu de mistério que envolve uma realidade filha de um outro tempo.

No contexto hebraico, o termo Cabala significa o conhecimento e o estudo esotérico dos livros do Antigo Testamento.

Essa sabedoria nada mais é do que o resultado de doutrinas secretas muito mais antigas sobre cosmogonia e antropogonia que foram unidas em uma teologia somente após o período de cativeiro dos Judeus na Babilônia.

A Cabala original era, portanto, igual à doutrina secreta dos antigos caldeus (pessoas que viviam na Mesopotâmia no primeiro século a.C.), profetas babilônios e grandes astrólogos.

De fato, a Bíblia menciona o povo caldeu associado à cidade de Ur, onde nasceu o profeta Abraão.

De acordo com muitas tradições cabalísticas, Abraão é aquele que recebeu ensinamentos conhecidos como “Qabalah” de Deus, portanto, foi o primeiro cabalista da história.

O povo caldeu entrando em contato com o povo judeu, transmitiu a este os seus conhecimentos esotéricos e a famosa Cabala; é por isso que muitos cabalistas sustentam que o alfabeto hebraico deriva precisamente do caldeu.

A língua caldeia era de fato um dialeto aramaico, a mesma linhagem da língua falada por Jesus.

Os caldeus nos deram mais um presente, foram eles que inventaram a ciência mais complexa e fascinante de todos os tempos: a Numerologia.

A Numerologia caldeia permite converter letras em números e vice-versa e abre as portas à descoberta do Eu mais profundo.

Mas voltemos à Cabala.

Recentemente, as noções fundamentais da Cabala foram tornadas públicas, enquanto que a parte mais secreta permanece transmitida oralmente; é uma realidade transmitida esotericamente somente até hoje, mas agora chegou o tempo de divulgá-la de um modo diferente.

Ao ser transmitida, a Cabala assume a sua essência e manifesta a sua capacidade de intervir nas pessoas como verbo divino.

Existe uma Cabala prática, a dos ritos e dos talismãs, uma literal e numérica, uma oral e uma dogmática, e globalmente pode-se dizer que existe uma visão do mundo cabalístico.

Mas qual é o significado da palavra Cabala?

Para obter uma resposta seria suficiente abrir qualquer dicionário e ler sua etimologia …, mas a resposta seria realmente exaustiva?

Para compreender verdadeiramente o significado da Cabala, é preciso ir muito além da superfície, precisa levantar o véu do imediatismo e preparar-se à profundidade. Aqui então a palavra Cabala ou Qabalah nos doa sua totalidade e nos revela seu verdadeiro significado, “Receber”.

Agora muitos de vocês estarão se perguntando, “receber o que?”

Receber a Luz dentro de nós, aquela luz forte e intensa capaz de iluminar o caminho da nossa vida inteira.

A Cabala ou Qabalah sempre foi considerada como uma doutrina transmitida secretamente de “boca à orelha”, de mestre à discípulo, em círculos fechados e dedicada a poucos eleitos, evoluindo paralelamente ao ensinamento da religião hebraica.

Se tratava então de uma transmissão de conhecimento piramidal, exclusiva e não inclusiva.

Hoje não é mais assim. A Cabala tornou-se uma transmissão de conhecimento circular, capaz de alcançar qualquer pessoa que esteja pronta a receber seus ensinamentos e aberta a acolher sua verdade.

O Dr. Gian Piero Abbate, físico, teólogo e especialista em Cabala a nível mundial, diz que a Qabalah o Cabala, não é uma religião, mas uma verdadeira Tecnologia da Alma, destinada a descobrir a Verdade e a tornar o ser humano mais consciente de si mesmo e de sua vida.

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Propósito da Cabala: como pode melhorar a Vida.

 

Do ponto de vista cabalístico, o acaso não existe e cada evento que acontece ocorre por uma razão específica.

As várias esferas da nossa vida (afetiva, social, profissional, pessoal, etc.) não estão separadas umas das outras, mas interligadas entre si e com o Cosmos. Portanto, é essencial aprender a compreender e decifrar o significado subjacente dos eventos que acontecem.

Cada um de nós frequentemente se encontra preso nas garras do tempo que parece nunca ser suficiente. Estamos tão ocupados com nossa rotina de trabalho que esquecemos a importância de algumas questões fundamentais como:

  • Porque estou aqui?
  • Qual é a minha missão?
  • Como posso evoluir?
  • Quem sou eu realmente?
  • Como devo agir para melhorar a minha vida?

 

Acabamos, portanto, sofrendo ou aceitando passivamente tudo o que nos acontece apontando a má sorte ou os que nos rodeiam como responsáveis ​​dos nossos fracassos ou da nossa insatisfação.

Porém a realidade é diferente. Somos nós, os únicos responsáveis pelo curso da nossa vida, somos nós com a nossa vontade que podemos fazer a diferença, mas é necessário atingir um nível superior, aquele da Consciência.

A cabala com seus instrumentos explica que a instabilidade da qual nos sentimos vítimas e que nos frustra, pode ser superada. Cada um de nós tem o poder de alcançar um nível de consciência maior criando maior bem estar e integração entre os nossos níveis terrenos e espirituais.

Da Física Quântica à Cabala

Todos nós acreditamos que existe apenas uma realidade, aquela que vemos com nossos olhos, imutável e estática. Mas se pararmos de olhar para ela apenas por um momento, o que acontece?

Graças a uma breve, mas significativa viagem às Sagradas Escrituras e à Física, perceberemos a existência de um modelo diferente de interpretação da realidade que nos rodeia e começaremos a compreender o modo no qual criamos o mundo em que vivemos.

Estamos acostumados a olhar a realidade ao nosso redor também em termos de objetos. Na maioria das vezes os objetos que observamos nos parecem “separados”, distantes uns dos outros.

Vamos ver esse exemplo.

Se eu pegar um copo de água e adicionar cubos de gelo, inicialmente noto que a água e o gelo estão “separados”…, mas quando o gelo derrete, estão ainda separados? A aparente dualidade faz sentido?

Provavelmente se pararmos e refletirmos sobre essas questões, algumas dúvidas sobre a realidade que nos cerca podem surgir.

Direção à dualidade

A matéria tem uma dualidade ou um objeto pode se manifestar de duas maneiras diferentes e o exemplo do gelo e da água testemunha que dentro da mesma matéria existem vários estados presente juntos, alguns em andamento (ou manifestos) outros em potencialmente. 

A dualidade é, portanto, o modelo utilizado para interpretar o nosso Universo.

Tudo o que se manifesta na realidade só pode ser dual mesmo que no início seja 1, como os seres angélicos que se manifestam masculino e feminino.

Exemplo, as primeiras palavras da Bíblia hebraica são:

“Bereshit bara Elohim” uma tradução possível é, no início Deus criou.

A primeira palavra, Bereshit, começa com a letra hebraica B (Bet) que em Gematria hebraica tem valor 2 (dualidade), começa com B porque a primeira letra, A (Aleph), diz respeito a Deus.

Elohim, El-Hoim significa o Senhor que sou, aquele que comumente chamamos de Deus.

Elohim é o Criador, a inteligência cósmica, o arquiteto universal, aquele que criou os seres humanos à sua imagem e semelhança.

Na Bíblia está escrito que Elohim criou os seres humanos como seu modelo, ele os criou macho e fêmea, mas ele mesmo era macho e fêmea, ou dual.

Uma outra vez, a separação aparece, o dualismo, mas é uma falsa separação. De fato, a Bíblia destaca que todos derivam da mesma coisa, que somos puras manifestações dessa coisa, que é a manifestação que acontece na dualidade.

Portanto, a realidade nunca é apenas como nos parece à primeira vista.

O dualismo é encontrado em toda parte, feminino e masculino, yin e yang, o observado e o observador, o eu e o self, a letra Beth do alfabeto hebraico…, mas são partes duais que não podem ser separadas de forma alguma, pois são extremamente conectadas.

Dado que nosso olho percebe as coisas separadas da realidade, é possível conseguir integrar a aparente separação que observamos com a unidade?

A Cabala consegue enfrentar esse desafio através do conceito dos 4 mundos paralelos.

Vamos descobri-los juntos…

Os 4 mundos paralelos em que vivemos de acordo com a Cabala

De acordo com a Cabala, a realidade não se limita ao mundo normalmente percebido pelos cinco sentidos.

Estende-se por vários planos que exercem uma influência uns sobre os outros.

Esta visão do Universo tem fortes implicações na concepção da natureza humana porque nessa medida em que existem diferentes planos de realidade, da mesma forma o Ser Humano é constituído por mais corpos que atuam em cada um desses planos.

A  cabala  chama  esses planos de mundos.

De acordo com a Cabala, vivemos em 4 mundos paralelos e não são mundos separados uns dos outros como você pode pensar, mas sim mundos que se interpenetram.

Cada mundo é diferente do outro em substância, nas entidades que o povoam e nas leis que o governam, mas as ações realizadas em um mundo repercutem também nos outros.

Os 4 mundos paralelos de acordo com a Cabala são:

  1.     Atziluth (Mundo dos Arquétipos)
  2.     Briah (Mundo criativo)
  3.     Yetzirah (Mundo formativo)
  4.     Asiah (Mundo material)

Cada um desses mundos corresponde a um modelo diferente de interpretação da Realidade de acordo com os quatro ramos principais da Física: newtoniano ou mecânico, relativista, quântico e informacional.

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Os 4 mundos paralelos em detalhe

Asiah il Mundo Material

Partindo do Mundo Material, (de baixo para cima) Asiah, sede do corpo e da mente, descobriremos que este mundo funciona segundo os princípios da Física Clássica ou segundo a Lei de Causa-Efeito, onde o tempo se desvenda em modo linear, num determinismo que rege todo o Universo.

O mundo material é o único mundo que podemos experimentar diretamente, o mundo onde cada um de nós é guiado pela razão e pelos sentidos.

Ambos nos enviam mensagens para ler a realidade que nos cerca e aprendermos o significado do que acontece ao nosso redor, mas nossos sentidos na verdade nos dão uma visão limitada do mundo material do qual de fato percebemos apenas uma porcentagem insignificante.

Yetzirah o Mundo Evolutivo

Se começarmos nossa escalada para um nível superior, encontraremos Yetzirah, o Mundo Formativo, sede da Alma ou matéria composta de elétrons. Este mundo à diferença do Material segue as Leis da Física Relativista onde são as partículas a guiar os fenômenos.

A Alma de cada ser humano é composta de Fótons, partículas de Luz. Nesse mundo relativista, o Tempo, portanto, não é mais absoluto e muda em relação ao Observador e aos eventos, não segue mais uma sucessão cronológica.

Briah o Mundo Criativo

Se subirmos mais longe encontramos Briah, o Mundo Criativo, sede do Eu Superior e dos Pensamentos (os pensamentos não devem ser confundidos com as ideias porque as ideias são limitadas e circunscritas enquanto os pensamentos são livres no Universo).

Este mundo segue as Leis da Física Quântica, onde se aplica o Princípio da Incerteza de Heisenberg, segundo o qual não conhecemos a posição original do elétron nem a direção no qual se move.

Em outras palavras, não podemos conhecer contemporaneamente a posição e a direção de uma partícula elementar da matéria.

Se a observarmos alteramos sua natureza ondulatória, portanto, a observação age sobre a onda modificando-a.

Para observar a partícula tenho que iluminá-la, interagindo e modificando sua posição, pois a luz traz consigo energia e essa energia é “passada” para a partícula que, portanto, não é mais a mesma de antes, podemos dizer que o observador interfere com o observado.

As ondas quando são observadas “decaem” em partículas.

O colapso da função de onda na física quântica ensina que tudo é ondulatório.

Se eu pego uma onda e paro sua vibração em uma posição no espaço e no tempo e a observo, essa onda se transforma em um pedaço de matéria ou em um evento que ocorre naquele ponto preciso.

Neste campo, o observador é capaz de influenciar de modo determinante todo o sistema para que tudo se torne possível.

O tempo no Mundo Criativo não é mais absoluto, mas circular, governado pela Sincronicidade (discutiremos a Sincronicidade em detalhes no decorrer do artigo) e a partícula viaja de uma parte do espaço para outra em velocidade infinita instantaneamente.

Se aprendermos a dominar os Pensamentos, eles serão capazes de agir instantaneamente para que o Mundo Imaterial possa determinar o Mundo Material.

Se o ser humano pudesse compreender como se dá a Criação, o Eu Superior teria o domínio sobre seus Pensamentos e poderia criar como Deus, com a sua parte divina capaz de tornar tudo possível.

Atziluth o Mundo dos Arquétipos

Subindo de nível, encontramos o último mundo, Atziluth, o Mundo dos Arquétipos, sede da luz divina que brilha dentro de nós, do Espírito.

Este mundo segue as Leis da Física Unidade Unitária, uma Teoria de Tudo (TOE Theory of Everything) capaz de explicar e reunir as três físicas anteriores: A Física Clássica, a Física Relativística e a Física Quântica.

O Fenômeno do Emaranhamento é o primeiro passo que justifica esse tipo de conexão.

De acordo com esse fenômeno, duas partículas que estiveram em contato pelo menos um breve tempo estão intrinsecamente conectadas.

Essa união tem efeitos no sistema físico: qualquer ação ou medida sobre a primeira tem um efeito instantâneo também na segunda, e vice-versa, mesmo que seja a grande distância.

Cada partícula que interage com uma outra permanece conectada mesmo se é separada dela, e é capaz de comunicar as suas mudanças transmitindo-as instantaneamente para a outra.

Os Seres Humanos também poderiam se beneficiar do mesmo tipo de conexão fazendo seus pensamentos interagirem para constituir os Arquétipos universalmente reconhecidos pelo inconsciente Coletivo.

As duas leis fundamentais do Universo: causa-efeito e sincronicidade.

Existem apenas dois princípios que regem todo o Universo, “causa-efeito” e “sincronicidade”.

O Dr. Abbate, físico, teólogo e especialista em Cabala estudou em profundidade. 

De acordo com o Dr.Abbate o princípio de causa-efeito opera apenas numa visão mecanicista em relação a este mundo e a sua dualidade.

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Vamos fazer um exemplo: se eu cortar meu dedo ao fatiar vegetais, é inegável que sentirei dor e terei uma ferida…, mas isso só diz respeito ao corpo físico e à minha alma. Esta última enviará a sensação de dor ao cérebro que a transformará em uma reação emotiva. 

A Lei de causa e efeito é uma espécie de gaiola mental que opera na matéria da qual não devemos necessariamente nos libertar, mas devemos conseguir integrar essa realidade com as outras que nos permitirão chegar aos níveis superiores.

Qual é a conclusão?

A conclusão é que a Lei de causa e efeito existe e atua, é universal e consequentemente não pode ter acesso aos mundos do espírito; não pode operar no contexto da Física Quântica, portanto, nem mesmo no nível do nosso Eu Superior e do Espírito.

No campo espiritual um exemplo da Lei de causa e efeito é o karma mas a forma comum de entendê-lo não é correta…

Consequentemente, a visão comum que se tem do Karma como efeito inelutável de nossas ações na vida, como pecado original, erros a serem pagos, não tem nenhum fundamento.

O Karma existe apenas no nível de nossa mente capaz de lhe dar forma e vida através de suas próprias ideias. O Karma pode também existir no nível da Alma, mas aqui opera puramente em termos relativísticos.

Para poder entender o mecanismo de criação de um Karma, é necessário analisar a relação entre a “lei da atração” e a “sincronicidade”.

O Princípio da Sincronicidade

Antes de abordar o princípio da sincronicidade é preciso fazer uma premissa: para compreendê-lo a fundo é importante abrir-se ao conceito de “perceber”, pois abordaremos fenômenos ligados a mundos em que o espaço/tempo não existe.

De onde vem o perceber?

Perceber deriva de “para”, ou seja, por meio, e “capere” que é compreender ou tomar, portanto, perceber pode referir-se à matéria, mas também a algo que vai além da matéria que não diz respeito apenas ao que pode ser tocado, sentido, visto e que transcende os nossos 5 sentidos.

Um exemplo: podemos perceber se uma pessoa está feliz e serena mesmo a vários quilômetros de distância, embora não possamos vê-la nem tocá-la. Esta é uma mera percepção, claro, mas quem não experimentou essa sensação pelo menos uma vez na vida?

As percepções atuam tanto dentro do espaço/tempo quanto fora dele e muitas vezes isso nos causa paradoxos… paradoxos que deixariam de existir quando aceitamos que nossas regras empíricas não têm valor fora do espaço/tempo.

O princípio da sincronicidade foi descoberto há cem anos e ainda é um princípio pouco conhecido.

Uma conferência realizada no Brasil em 1972 por Edward Lorenz, estudioso e teórico do caos, intitulava-se: “O bater de asas de uma borboleta no Brasil pode causar um tornado no Texas?”

Na metáfora da borboleta imagina-se que um simples movimento de moléculas de ar gerado pelo bater de asas de uma borboleta pode causar uma cadeia de movimentos de outras moléculas até o já mencionado furacão, assim como um simples atraso de dois segundos pode afetar a vida pessoal de um indivíduo.

Nossas ações, como os mesmos estudos físicos nos mostram, devem ser avaliadas de uma perspectiva universal, considerando como, mesmo o que nos parece limitado à nossa pessoa, na realidade, imprevisível e indireta, pode determinar o destino de muitos outros.

Incrivelmente, portanto, a Física nos diz que existem fenômenos que acontecem inexplicavelmente sem causa aparente, sem nenhuma conexão manifesta entre as partes envolvidas no fenômeno, e que esses fenômenos podem ocorrer a despeito do tempo e do espaço.

A sincronicidade, portanto, não está ligada ao tempo nem ao espaço… temos um único evento, o bater das asas que não está ligado a mais nada …

Apesar de prescindir do espaço/tempo, o princípio da sincronicidade se manifesta em todos os níveis/mundos da Criação, os 4 mundos paralelos em que vivemos.

 

Carl Gustav Jung e Wolfgang Paul sobre sincronicidade

Às vezes acontece que o mundo científico abraça o humanista, dando vida a resultados indubitavelmente surpreendentes.

Um exemplo dessa sinergia é representado pela colaboração entre o psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung e o físico Wolfgang Pauli, que tem beneficiado ao mundo da ciência do século XX a teorização do conceito de sincronicidade. 

Do que se trata exatamente?

Em 1952, o físico Wolfgang Pauli (futuro Prêmio Nobel pela Física) e o psicanalista Carl Gustav Jung afirmaram, em relação ao princípio da sincronicidade:

“Em analogia à causalidade que atua na direção da progressão do tempo e conecta dois fenômenos que ocorrem no mesmo espaço em tempos diferentes, supõe-se a existência de um princípio que conecta dois fenômenos que ocorrem ao mesmo tempo, mas em espaços diferentes.” 

“Praticamente, supõe-se que ao lado do desenvolvimento lógico de um ato de acordo com o princípio que em tempos diferentes ocorrem eventos provocados por uma causa, há outro em que os eventos ocorrem ao mesmo tempo, mas em dois espaços diferentes porque, sendo casuais, não são ​​diretamente provocados por um efeito, correspondendo assim perfeitamente ao princípio da atemporalidade.”

Esta definição alude a uma “casualidade” que se refere ao conceito do “acaso”, o único cientificamente aceitável naquela época.

Esse “acaso” estava ligado à ideia de que havia uma ordem absoluta e imutável no Universo, e que cada evento que ocorre por “acaso” é mero resultado da necessidade de manter essa ordem.

A sincronicidade baseia-se nos postulados do “pensamento mágico” ou seja: pense em uma determinada pessoa e em pouco tempo receba um telefonema dessa pessoa, pense em uma música, ligue o rádio e ouça a transmissão e assim por diante.

São sinais que nos fazem pensar que somos capazes de sentir os acontecimentos, sermos dotados de clarividência e de recebermos uma série de sinais sutis que nos convidam a uma conversa mais profunda conosco e com a realidade.

Para Carl Gustav Jung todos os fenômenos sincrônicos se baseiam na interligação entre matéria e psique e operam em uma dimensão externa ao espaço/tempo, portanto fora dos princípios da causalidade.

Consequentemente, existe uma ordem cósmica que difere da realidade fenomênica e que é determinada pela concordância entre imagens pré-existentes na psique e objetos pertencentes ao mundo externo.

Psique e matéria se inter-relacionam

O Ser Humano, portanto, tem a capacidade de se conectar a uma matriz universal na qual o mundo material está ligado ao da consciência.

Esse processo se dá por meio da atividade humana intuitiva que coloca o inconsciente individual em contato com o coletivo, dando vida a uma ciência abrangente que Wolfgang Pauli batizou de psicofísica, ou uma “física da consciência”, destinada a unir matéria e espírito.

Reencarnação entre Física Quântica e Cabala

Existe uma antiga profecia, na Cabala judaica, que afirma que o Reino de Deus será estabelecido na humanidade quando vier o homem que possui tanto o poder de morrer quanto o de retornar , ou seja, capaz de retomar ao seu próprio corpo após a morte.

É fundamental, consequentemente, conhecer o que é a morte se quiser superá-la …

 

Somos mortais ou imortais?

A ciência, como a filosofia, nos diz que o termo ‘imortalidade’ se refere à condição de um ser vivo não sujeito à corrupção e, portanto, destinado a sobreviver para sempre.

O conceito de imortalidade, entendido como a propriedade de viver para sempre, envolve a incorruptibilidade, e não a vida eterna…

Muitas vezes os conceitos de eternidade e imortalidade são trocados e mal compreendidos.

A confusão se justifica se pensarmos que a imortalidade deve excluir qualquer ideia de fim, portanto, deve entrar na eternidade.

Essa é a visão materialista que vê, nas células envelhecidas, um mecanismo a ser restaurado para acessar a incorruptibilidade e a imortalidade do corpo físico.

Mas a verdadeira questão é: somos feitos apenas de matéria?

Vamos nos perguntar qual é o verdadeiro significado de ‘imortalidade’ e por que somos vítimas de obsessão de envelhecimento e da morte física.

Somos feitos somente de células, de cérebro, de funções, de carne e ossos? Absolutamente não.

Existem e operam em nós 3 princípios sincrônicos e inseparáveis que são: matéria, energia e informações.

Albert Einstein demonstra com a lei da relatividade partindo da sua fórmula E=mC2

Energia, massa e velocidade são os 3 elementos funcionais que explicam tudo, isso é, a tridimensionalidade sincrônica que é a base de tudo.

Corpo, mente e espírito são as 3 realidades do qual somos constituídos.

Se falarmos da ‘imortalidade’ da matriz energética-informativa estamos no campo das energias sutis também qualificadas pela física quântica.

Nada se cria, nada se destrói, mas tudo se transforma…

Tudo se transforma… pôs morte haverá uma passagem para outra forma de existência, na qual a vida não acabou e mantém referências à pessoa real, mas não mais no plano material.

Esta energia com ‘informação’ continuará a viver como vibração em um campo etérico para reencarnar no devido tempo, em um outro ‘avatar’ humano para retornar à vida e desenvolver o que é conhecido como o seu Karma.

Nascimento e morte biológica do corpo são apenas passagens de estado, dos fenômenos que ocorrem exclusivamente em um dos múltiplos níveis de realidade no qual aparentemente existimos.

Em direção à ativação de todos os corpos

Como já foi colocado, a morte biológica é apenas uma passagem, uma transição. Não somos feitos apenas de matéria como comumente se acredita e nosso corpo opera em diferentes planos de realidade.

Para compreender esse conceito em profundidade e atrair o bem-estar na própria vida é necessário o que  Dr. Gianpiero Abbate define como “a ativação de todos os corpos.”

Para poder ativar os próprios corpos, pelo menos a Alma e o corpo físico, o ser humano deve passar através das 4 fases:

  1.     Inalação
  2.     Fotossíntese
  3.     Pensamento positivo
  4.     Ser oração

Somos os criadores da nossa vida: criamos os pensamentos dos quais prosseguem as emoções que no fim se cristalizam no nível material

O processo natural da Criação se move do alto para baixo, dos mundos superiores para os mundos inferiores.

Em essência, são os pensamentos que criam a realidade.

Vamos ver em detalhes as 4 fases necessárias para a ativação de todos os corpos que no curso de vídeo do Dr. Abbate são tratados mais extensivamente.

As 4 fases de ativação dos corpos

  1.      Inalação
  2.      Fotossíntese
  3.      Pensamento positivo
  4.      Seja Oração

1 Inalação

A inalação é o processo respiratório que determina a renovação celular: ocorre com maior velocidade se o que respiramos estiver carregado de fótons ou luz, induzindo nossas células a entrarem em contato com a Alma.

Por se tratar de um processo de dilatação e compressão dos pulmões, consequentemente os resíduos são eliminados e o sangue é oxigenado.

Se respirarmos conscientes de transportar energia, podemos acelerar o processo de renovação celular se o ar que respiramos for mais puro e cheio de nova luz, que inalamos junto com o oxigênio.

O processo de renovação celular acelera se o que respiramos é pleno de luz.

2 Fotossíntese

A fotossíntese é o processo que ocorre na pele exposta à luz e que permite que todo o organismo absorva luz: desta forma, o tecido celular é renovado carregando-se de luz “energizada”.

3 Pensamento Positivo

Antes de tudo, devemos especificar que o Pensamento Positivo não deve ser confundido com ideias positivas.

As ideias habitam na mente, são continuamente criadas e canceladas em Asiah, enquanto os pensamentos uma vez criados são eternos e existem em Yetzirah em nosso Eu Superior.

Os pensamentos consentem de transformar a realidade pois são portadores de energia renovada.

Como afirma o Dr. Gian Piero Abbate: “ o pensamento positivo tem possibilidade de se  expressar em cada momento da nossa vida: é o que pilota a lei da atração: da qual depende a nossa vida”.

Como a matéria é uma forma de pensamento cristalizado, pensar positivo significa criar matéria limpa ou limpar matéria suja, ou seja, renovar a criação”.

Isso é o que em muitos sistemas de pensamento são definidos como “crenças limitantes” ou crenças “negativas” sobre nós mesmos ou sobre a vida que desenhamos no passado, especialmente na infância, em conjunto com traumas vivenciados.

4 Seja Oração

Ser Oração, naturalmente, não significa rezar no sentido comum do termo, “pedir a uma entidade superior que intervenha a nosso favor, mas elevar nossas vibrações de modo a retroceder no processo de criação da realidade, determinando uma “mudança de frequência que envolve a modificação vibracional… da palavra, da ação e mais atrás ainda do pensamento e ainda mais para trás, da intenção do pensamento, ou melhor, dos arquétipos de Atziluth”.

A oração é a expressão máxima do pensamento positivo, capaz de elevar aos 4 mundos da Criação.

Por isso, através da oração é possível fazer milagres, não porque as leis da natureza possam ser violadas, mas porque agimos sobre os Arquétipos que são a base da realidade.

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Anjos do bem e anjos do mal: Bem, Mal, Negatividade

Todos nós vivemos no reino das escolhas.

Todos os dias fazemos escolhas a partir daquela de sair ou não da cama pela manhã. Somos construídos e projetados sobre o livre arbítrio para que sejamos sempre e somente nós a escolher.

Estamos convictos que no mundo exista o Bem e o Mal e que as nossas escolhas vão numa ou em outra direção. 

O Dr. Gian Piero Abbate explica que é necessário superar a visão segundo a qual o mal existe realmente, o mal entendido como algo perigoso que pode prejudicar ou fazer violência quando na verdade a negatividade é algo que foi criado por nós, seres humanos, como por exemplo, os famosos demônios que sempre foi falado.

De acordo com o Dr. Gian Piero Abbate e a visão cabalística, qualquer ser humano dotado de livre arbítrio pode escolher o que fazer, o que acreditar etc… sempre lado a lado por dois anjos (seres além do conceito de livre arbítrio alinhados com o Divino).

O Anjo do bem é aquele que nos ajuda a evoluir através dos nossos talentos, sua realização e implementação na realidade.

O Anjo do Mal ou Demônio Guardião é aquele que nos ajuda a evoluir através dos desafios que a vida nos oferece e que nos empurram a:  reclamar se sofremos e a vivermos servilmente ou a evoluirmos e elevarmos se os aceitarmos e decidirmos enfrentá-los.

A dicotomia entre o bem e o mal é fruto da classificação da mente humana que rotula determinados eventos como positivos ou negativos, como bons ou maus.

Por exemplo: se ocorresse um terremoto, o evento seria considerado como um mal na medida em que se trata de um evento que traz consigo múltiplos danos em vários níveis.

Em uma perspectiva mais ampla e menos restrita, o mesmo evento seria considerado como um assentamento de equilíbrio, como algo necessário para restauração.

É por isso que na visão do Dr. Abbate, o mal não existe.

Existe, no entanto, a negatividade que é muito mais perigosa.

A negatividade existe porque somos nós a criá-la. Somos capazes, projetando pensamentos negativos na realidade, em nós mesmos e nos outros ao nosso redor, de dar vida aos Demônios, ou formas de pensamento cristalizadas.

Se um indivíduo continua repetindo para si mesmo em sua mente ou se olhando no espelho em voz alta que ele é inútil e que é um fracasso, ele acabará realmente sendo isso ou se tornando isso.

O poder da mente é grande tanto para o bem quanto para o mal. Se treinarmos nossa mente para pensarmos negativamente constantemente, os pensamentos negativos assumirão tanto poder que se tornarão egrégoras, de entidades vivas.

Somente nós podemos dar forma e vida a negatividade, a criar uma realidade que corresponde aos nossos pensamentos negativos.

Precisamos manter sempre a mente aberta porque também o que inicialmente parecia ser um mal a longo período pode se revelar um bem.

Devemos, portanto, manter sempre a mente aberta, porque mesmo o que inicialmente pode parecer ruim para nós, a longo prazo pode se tornar bom.

A Especiação

Uma célula que é capaz de absorver mais luz começa a vibrar com mais força à medida que se expande. Quando a vibração se torna cada vez mais alta, então ela se regula em uma nova “sintonia”.

E à medida que aumenta, ocorre no ser humano mudanças também no nível do DNA.

É difícil explicar a substância dado que a ciência conhece apenas 5% do DNA, enquanto os 95% restantes, conhecidos como ‘DNA lixo,’ mas que não é, só poderia ser explicado somente através do conceito de “Vazio Mecânico Quântico” da Física Quântica, mas ainda está em fase de decodificação.

De acordo com o Dr.Gian Piero Abbate a Especiação já está em andamento.

Algumas pessoas já estão no nível de consciência de terceira e quarta dimensão. Esses indivíduos têm o mesmo DNA, o mesmo genoma dos outros seres humanos, então, para usar uma linguagem informativa, o hardware é o mesmo; no entanto, eles “alteraram o software” ou o sistema pelo qual usam o hardware.

Entrar nas dimensões superiores da consciência é complexo e é necessária uma mudança decisiva na percepção do espaço e tempo.

A terceira dimensão é como um recipiente rígido, cheio de programas, vínculos e crenças em que nossas vidas são fundadas, inabaláveis ​​no conceito de tempo.

Flui através da sucessão cíclica do passado, presente e futuro, dispersando energias consideráveis ​​em um círculo vicioso onde o passado persegue o futuro e o futuro é uma reverberação do passado, segundo a Lei de Causa e Efeito.

Na quarta dimensão, a do plano astral, o homem deixa de estar adormecido e começa a despertar, tomando consciência de ser o criador de sua própria realidade sem delegá-la a mais ninguém.

Frequência, vibrações e energia nesta dimensão podem se transformar em matéria.

O tempo continua sendo o momento presente onde as escolhas são feitas para re-equilibrar mente, espírito e coração.

A especiação ocorre entre indivíduos ancorados na realidade material, que vivem de medos e crenças limitantes e entre aqueles que aspiram aumentar sua própria frequência vibratória para tentar evoluir explorando e implementando novas habilidades e recursos que fazem parte da natureza humana…

Esotericamente acredita-se que esses indivíduos estão caminhando na direção de um novo portal vibracional, além do qual uma nova realidade os espera.

“Um portal é um limiar do estado de consciência, seja individual como coletivo. Os portais são passados ​​individualmente; se fala de uma passagem coletiva quando o número dos que passaram é suficiente para formar a “massa crítica”.

Os portais são 7 para cada dimensão.

Hoje estamos na terceira dimensão física que equivale à quarta dimensão espiritual, enquanto alguém já está na quarta dimensão física e, portanto, na quinta dimensão espiritual; alguns, por outro lado, estão presos na segunda.

Quando alcançamos as dimensões superiores da Consciência, conseguimos finalmente nos libertar dos rígidos limites de espaço e tempo e conseguimos acessar uma realidade mais fluida.

O pensamento age instantaneamente e a Lei que rege esta vibração é a da Sincronicidade.

Há de fato uma ordem suprema que conecta todas as coisas, que está além da nossa racionalidade. Essa ordem comum, geral, cria laços “a causais” entre diferentes eventos”.

A humanidade está, portanto, dividida entre indivíduos adormecidos e indivíduos conscientes e evoluídos, entre aqueles que vivem e olham para o passado e aqueles que se movem na direção do futuro.

Você de que lado quer estar? Investir em si mesmo é o melhor investimento que você pode fazer.

No curso “O caminho certo” do Dr. Gian Piero Abbate fala sobre tudo isso e da tua evolução potencial.

A Cabala e a Árvore da Vida

Como antecipado, a Cabala é uma tradição judaica esotérica muito antiga, difundida entre os séculos XII e XIII, um conjunto de doutrinas religiosas, místicas, existenciais e também filosóficas, que visam explicar a função de Deus e do homem no mundo, a essência da vida e da morte.

Quem se aproxima do estudo dessa disciplina imediatamente se depara com um de seus símbolos mais conhecidos, um dos pontos cardinais de toda a Cabala: a Árvore da Vida.

Conhecer a existência da Cabala e da Árvore da Vida nos permite conhecer melhor a nós mesmos, nossa entidade física e, portanto, investir conscientemente nossas energias vitais e o poder da nossa mente.

A Árvore da Vida é “Uma representação geométrica de toda forma de vida, de toda forma de evolução e toda manifestação divina na matéria”.

A Árvore da Vida nos permite entender qualquer coisa, qualquer fenômeno externo ou interno.

Isso inclui as leis constitutivas que governam todo o Universo.

Na tradição cristã a Árvore da Vida aparece no Éden, mas no misticismo judaico original está ligada ao Conhecimento.

A estrutura da árvore da vida é a de um diagrama que inclui 10 nós, conectados por ramos lógicos, que representam a estrutura da criação e, portanto, a origem da Vida.

A Árvore Cabalística da Vida remonta a 4000 anos atrás e é descrita em Gênesis. O livro de Gênesis é atribuído a Abraão, inventor do próprio conceito de “Árvore da Vida”.

Da raiz Divina da Árvore se desenvolvem os ramos da vida e do conhecimento, descritos como o conjunto de conceitos, das doutrinas e das religiões.

Graças a esta Árvore temos a chave para acessar as novas Verdades e alcançar o conhecimento divino.

As faculdades da Árvore da Vida 

Os ensinamentos cabalísticos podem ser incluídos graficamente na Árvore da Vida, que, como antecipado, é um diagrama simbólico formado por 10 Sefirot, ou entidades dispostas em 3 pilares verticais paralelos.

Isso representa o caminho de descida ao longo do qual almas e as criaturas alcançaram sua forma atual.

Nossa consciência interior sobe e desce continuamente ao longo desta árvore caracterizada por 3 pilares: a Força (a esquerda), o Amor (direita) e a Compaixão (o centro).

Sem o pilar central, a Árvore da Vida torna-se a do conhecimento do bem e do mal.

Seguindo pelo caminho mediano, chamado de “caminho real”,  se chegará à união dos opostos (Yin e Yang) ou à união do feminino e do masculino que residem na realidade e dentro de nós.

Segundo a Cabala, o ser humano para ter acesso à Árvore da Vida, deve necessariamente vivenciar uma crise seja externa que interna (recompondo a dualidade, os opostos, a polaridade).

Para que a Árvore se manifeste ao Homem em todo o seu esplendor divino, este deve manter intacta a sua fé na Verdade.

Indivíduos que ainda estão muito longe de abraçar a consciência não poderão ter acesso à Árvore.

Este ponto é mais do que compreensível, dado que um indivíduo ainda vítima de seus demônios interiores só poderia prejudicar seus semelhantes se tivesse disponível tal fonte de poder e conhecimento.

As 10 Sephiroth da Árvore da Vida

Introdução

A Árvore da Vida é composta de 32 caminhos: dez caminhos objetivos conectados às Sephiroth individuais e 22 caminhos subjetivos que conectam pares de Sephiroth.

Cada caminho tem um número, com as trajetórias 1-10 sendo as próprias Sephiroth e os caminhos restantes numerados de 11-32.

Os 22 caminhos que os conectam são compostos pelas 22 letras do alfabeto hebraico.

Os Caminhos, como mencionado acima, consistem na interação entre as letras do alfabeto e as Sephiroth e a forma como se combinam depende da descida da abundância no nosso mundo e em nós mesmos.

As dez Sephiroth, ao invés, aludem a entidades particulares identificadas, seja como potências divinas verdadeiras e próprias seja como potências da alma humana.

As Sephiroth estão associadas a todas as situações, emocionais e práticas que caracterizam a nossa vida diária.

São dez princípios básicos, reconhecíveis na multiplicidade caótica e intrincada da vida humana, capazes de lhe dar sentido unificando-a.

A primeira de todas as Sephirot é chamada Keter, semelhante a uma coroa e é a condição da transfiguração no transcendente.

As 10 Sephiroth

Keter

No corpo humano, Keter não tem uma correspondência específica, mas frequentemente é associada ao crânio; é a inspiração do Universo.

De acordo com a Cabala, Keter contém uma estrutura tripartida, que na alma corresponde às três experiências de Fé, Bem-aventurança e Vontade.

O da estrutura tripartida de Keter é um dos segredos mais emblemáticos de toda a Cabala. Keter é a raiz da Árvore, que está, portanto, de cabeça para baixo, pois tem raízes no topo e os galhos na parte inferior.

Chokmah (Sabedoria)

É o lampejo da intuição que ilumina o intelecto, é o ponto onde o inconsciente toca o consciente.

É a semente da ideia, o pensamento interior, cujos detalhes ainda não são diferenciados.

No corpo humano corresponde ao hemisfério cerebral direito e só pode ser alcançado se o ego for cancelado.

Biná (Inteligência)

É a formação dos conceitos e dos pensamentos concebidos por Chokmah.

Sede do pensamento racional, matemático e lógico, tanto em sua forma abstrata e especulativa quanto em sua forma aplicada e concreta.

É a forma de pensamento que se apoia nas palavras compartilhadas através da linguagem.

Biná é a capacidade de integrar ideias e conceitos diferentes, armazenando-os e fazendo-os interagir.

Se Biná funciona como deveria, o pensamento se torna capaz de influenciar positivamente as próprias emoções.

No corpo humano Biná corresponde ao hemisferio cerebral esquerdo.

Em seus níveis mais avançados, Biná transmite a experiência da Felicidade.

Chesed (Amor, Graça, Misericórdia)

Chesed se manifesta através da absoluta generosidade e benevolência.

É o amor universal que justifica e perdoa

É apego e devoção, é a mão direita, que quer chamar a si mesma, aproximar os outros.

Guevurá (justiça, rigor, poder)

Guevurá é a morada do “cirurgião celestial” que atua para garantir que as leis cósmicas sejam respeitadas.

Sem Guevurá, o amor não poderia ser realizado, pois não encontraria um recipiente adequado para contê-lo. No corpo humano corresponde aos genitais.

Guevurá, é a excitação entusiástica, o dinamismo e a proatividade que acompanham o amor. Sem Guevurá, o Amor seria apenas um sentimento casto e plano, desprovido de força ativa.

Tiferet (beleza)

Tiferet é o elo entre os mundos do espírito e as realidades materiais, este centro implanta a consciência no homem.

Sua tarefa é tornar Ghevurá e Chesed harmoniosos.

Tiferet se manifesta nas emoções complexas contemplando tudo o que é belo e harmonioso.

Corresponde ao sentimento da Compaixão, um sentimento que visa recompensar quem é merecedor, mas também repreender se necessário, para que o bem continue a se impor sobre o mal. No corpo humano está localizado no centro do coração.

Netzach (eternidade ou vitória)

Netzach é o centro da beleza que inspira, é a capacidade de realizar concretamente o amor de Chesed no mundo, carregando-o de estabilidade e durabilidade, superando amplamente os obstáculos que impedem as boas intenções. É decisão e dedicação, é saber vencer com moderação e graça sem cair na autocelebração.

No corpo corresponde à perna direita.

Hod (glória, eternidade, honra)

Hod se compromete a concretizar as emoções que fluem de Ghevurá.

É a capacidade do indivíduo em reagir proativamente às mudanças das circunstâncias externas.

É a velocidade da mudança, a capacidade de conseguir se adaptar a novas situações, mesmo que sejam difíceis.

É saber perder sem se sentir derrotado internamente.

É o sentido dos negócios e de viver em sociedade. Corresponde à qualidade da simplicidade, que na Cabala é entendida como a capacidade de não se preocupar com o futuro.

No corpo está na perna esquerda.

Yesod (fundação)

Yesod é a sede macro das emoções, é a base secreta da própria personalidade, dos ideais, dos desejos não ditos, das ambições.

Governa a capacidade de conseguir doar tudo o que se tem para dar à pessoa certa no momento certo.

Yesod é a qualidade da Verdade, entendida como um traço inevitável para poder dar vida às relações humanas felizes.

Malkhut (reino)

Malkhut é a percepção do que nos falta; é o componente que estimula e canaliza o trabalho de todas as outras faculdades.

Para as pessoas merecedoras, é o lugar onde a luz muda de direção, passando da descida para a subida.

Para quem não merece, é o lugar onde se vive a pobreza, a queda e a morte.

No nível físico, são as plantas dos pés, ou a própria terra.

Malkhut é a origem de todo recipiente, é o mundo físico, o mais próximo das forças do mal e, portanto, o mais necessitado de proteção, que é concedida graças à observância dos preceitos e à prática das ações da Justiça.

De acordo com a Cabala, todo Ser humano contém dentro de si um percentual de cada Sephiroth; alguns se fortalecem entre eles reforçando-se, enquanto outros se anulam. Esses princípios são o fundamento da psique e da condição humana.

Os 72 nomes de Deus – O que são eles?

Depois de falar sobre a Árvore da Vida e as 10 Sephiroth, é hora de falar sobre os 72 nomes de Deus.

Os 72 nomes de Deus que muitos ainda não conhecem são de uma importância incrível porque são a manifestação da divindade que atua em nós, são forças vivas, energias e imagens.

Os nomes de Deus têm uma grande influência em nossa vida desde o momento de nosso nascimento e revelam muitos aspectos profundos de nossa identidade.

Os 72 nomes derivam de um único nome: o sagrado Tetragrammaton, que é o único nome verdadeiro de Deus.

O Tetragrammaton está esculpido no nosso coração, portanto podemos traçar dentro de nós mesmo traços de todos os 72 Nomes, não apenas do Nome que nos acompanha nesta vida; no entanto, há apenas um Nome que é o desafio da nossa vida, a razão pela qual somos encarnados desta vez.

Nas várias vidas revisamos tudo, mas se não cumprirmos a nossa missão, na próxima vida teremos novamente essa missão a cumprir, e por isso estaremos ainda associados ao mesmo Nome.

No que diz respeito ao nosso Nome devemos ter presente a sua dualidade, mas também a nossa; devemos ser capazes de ver as dimensões feminina e masculina do Nome.

Toda a realidade humana está escrita nestes 72 nomes.

É algo imenso apesar de cada indivíduo viver na sua dimensão pessoal, porque o que somos hoje é fruto do nosso passado, e cada um de nós tem a sua situação pessoal.

Se trata de 72 sequências, cada uma composta por três letras, que contêm nelas específicas frequências espirituais.

Acredita-se que basta contemplar os 72 Nomes ou o próprio Nome de Deus (escrito em hebraico) para entrar em conexão com essas frequências.

Conectar-se às frequências inerentes a cada Nome é como ser capaz de se sintonizar com um canal de rádio que transmite exatamente aquilo que estava procurando e cujo eco alcança o nosso Ser mais profundo.

Conhecer e meditar no próprio Nome de Deus é se permitir pousar na Verdade e no conhecimento sem ser forçado a passar através da dor, sofrimento ou outros desafios hostis que nos são ‘enviados’ pelo nosso Eu Superior para nos despertar.

Parafraseando este conceito, podemos evitar a necessidade de sofrer para experimentar e despertar em nós a Sabedoria e conhecimento aprendidos em outras vidas.

Mas o que é um Nome?

Um Nome é a maneira de se fazer conhecido pelos outros.

Cada um de nós tem um nome e é isso que nos distingue uns dos outros, independentemente de gostarmos ou não do nosso nome.

Existem nomes que transmitem sentimentos positivos, enquanto outros podem transmitir sensações negativas.

Se notarmos, descobriremos que há pessoas que mudam seu primeiro nome de batismo ou nome de registro, como se sentissem dentro de si que o nome que levam não é o correto e não os representa.

O que o nome de Deus diz sobre nós?

O nome de Deus indica a energia que caracteriza a nossa encarnação corrente.

Ele pode revelar nosso objetivo (o que viemos realizar nesta vida) nossa Missão de Vida e nos dar as ferramentas necessárias para realizá-lo da melhor maneira possível.

Conhecer apenas o próprio Nome de Deus, não é suficiente para compreender a si mesmo profundamente, mas se associado a um quadro numerológico completo, então tudo muda.

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Os 72 Anjos e Diabos guardiães

De acordo com as doutrinas cabalísticas existem 72 Anjos que se alojam nas 10 Sephirot da Árvore da Vida.

Esses Anjos são interligados entre eles através dos 22 caminhos (que derivam das 22 letras do alfabeto hebraico

Se trata dos Anjos da Guarda que estão ao nosso lado, mas não estão sozinhos… Existem também os Diabos da Guarda cuja função é nos fazer evoluir colocando-nos em ‘tentação’.

Tanto os Anjos da Guarda quanto os Diabos da Guarda têm nosso bem absoluto como único propósito. Diabos guardiões são frequentemente confundidos com demônios… muito errado!

Os Diabos Guardiões são Seres de Luz de bom coração que querem nos oferecer sua ajuda através de experiências de vida que nem sempre são fáceis ou lineares. Os demônios, por outro lado, são formas-pensamento negativas, ou seja, a negatividade criada pelo ser humano!

Conhecer o Anjo da Guarda e o Nome de Deus que nos é atribuído de acordo com a Cabala pode ser um elemento fundamental de introspecção, um alerta para nos direcionar a nos conhecermos profundamente.

Isso nos ajudaria a compreender a real vontade de nosso Eu Superior, o único que pode nos dizer o que é melhor para nós além das aparências.

Nosso Eu Superior é o único capaz de não nos deixar ceder às tentações que nos são perigosas: os impulsos baixos, as frivolidades materiais e muitas outras coisas que podem nos cegar fazendo-nos confundir objetivos irrelevantes com coisas preciosas.

Estamos neste mundo para evoluir, para melhorar e poder conseguir expressar melhor o que somos e o que sentimos de Ser… não é fácil, mas é possível. Só precisamos querer verdadeiramente.